quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Historia De São Cosmo e Damião


A Igreja Católica Apostólica Romana, desde tempos imemoriáveis até o Calendário Romano de 1962, que vigorou até 1969, celebrava a festa de santos Cosme e Damião no dia 27 de setembro. Porém, em 1969, com a reforma litúrgica, o Calendário Romano passou a comemorá-los no dia 26, pois, considerada a importância de São Vicente de Paulo, também celebrado dia 27, preferiram não pôr as duas Memórias na mesma data. São Vicente ficou com o dia 27, já que era a data sabida de sua morte; já Santos Cosme e Damião, como não se sabe a data de morte deles, tiveram sua Memória movida para o dia 26 de setembro. Ainda assim, católicos tradicionalistas, devotos mais antigos e as religiões afro-brasileiras que também os cultuam, como o Candomblé e a Umbanda, continuam a comemorá-los no dia 27. Apesar da mudança na Igreja Católica, ao menos no Brasil, por conta da tradição, populares continuam fazendo comemorações no dia 27 de setembro.
Cosme e Damião também são celebrados pela Igreja Ortodoxa, mas há três pares de santos Cosme e Damião celebrados por essa Igreja. O mais comumente associado a santos Cosme e Damião médicos na Síria é celebrado em 1º de novembro, como Santos Cosme e Damião da Ásia Menor. Mas há uma celebração em 17 de outubro, de Santos Cosme e Damião da Cilícia, e outra em 1º de julho, de Santos Cosme e Damião de Roma. Os três pares são da classe dos santos anárgiros, isto é, "desapegados do dinheiro", o que faz com que se pense que os três se referem ao mesmo par.
São considerados no Brasil os Santos padroeiros dos Farmacêuticos e Médicos. A bonita história de São Cosme e São Damião - que por sua vez é marcada por visões diferentes, dependendo da crença de cada religião - demonstra a complementaridade e interdependência que as profissões irmãs, a medicina e a farmácia, possuem. Talvez o sucesso atribuído às curas milagrosas dos irmãos gêmeos, na idade média, nada mais fosse do que a antecipação da divisão do trabalho, ocorrida apenas no século XIII, onde a farmácia foi separada oficialmente da medicina e considerada uma profissão.

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